Jeep apoia ciclo carnavalesco pernambucano
“O projeto foi planejado para que a Cultura Popular da Mata Norte e em especial a de Goiana seja iluminada. Vai ser um mergulho na verdade de cada agremiação, quebrando os muros invisíveis para mostrar que os grupos de cultura popular precisam de atenção e de fomento para serem ouvidos e inseridos no dia a dia. Goiana é a Terra dos Caboclinhos porque a alma desta cidade está na cultura do seu povo, que continua fazendo essa história interessante e necessária”, destaca Osmar Barbalho, consultor cultural responsável pelo projeto. A nova fase da Oficina de Confecção de Estandartes vai contemplar 14 agremiações de Goiana, Itapissuma, Aliança, Tracunhaém, Itambé, Itaquitinga, Condado e Buenos Aires. O objetivo é ensinar desde o corte, a criação do desenho, o bordado e o fechamento de cada estandarte. A oficina será ministrada por Manoelzinho Salustiano, um Mestre do Bordado e da confecção de Estandartes. Os participantes aprenderão a criar e a fazer um estandarte de acordo com as cores da Agremiação que terá uma durabilidade de no mínimo de quatro anos. No final da oficina será realizada uma exposição com todos os estandartes.
Principal instrumento nos Baques dos Caboclinhos e Tribos de Índios, a gaita é produzida de forma artesanal. A Oficina de Gaita vai contemplar duas turmas, sendo uma avançada, composta por participantes da primeira edição, e uma nova turma de iniciantes. Ao todo, cerca de 30 jovens que já brincam em Caboclinho ou Tribo de Índios serão contemplados na iniciativa.
Prestes a completar 90 anos de fundação, as Pretinhas do Congo de Carne de Vaca são uma expressão cultural de Goiana. O grupo foi criado em 1930 para mostrar à sociedade que havia uma comunidade negra em Goiana. Em 1935, Antônio Manoel dos Santos, conhecido por “Pirrixiu”, uma pessoa que gostava muito de Carnaval, assumiu a brincadeira. Depois de sua morte, sua filha, Maria do Carmo Monteiro, mais conhecida como Dona Carminha, passou a cuidar da brincadeira até 2014 quando faleceu. Hoje quem toma conta das Pretinhas do Congo de Carne de Vaca é sua filha, Iracema e sua neta, Rafaela. Ao longo do ano, será realizado um trabalho de resgate das memórias do grupo, com registro das músicas e letras, figurinos, coreografias e a organização jurídica e fiscal. “Com todas essas ações, queremos ajudar a dar condições para a manutenção dessas expressões tão ricas e importantes para a história dessa região”, finaliza Fernão Silveira.