Desbravando fronteiras
Terceira geração da Nissan Frontier chega ao Brasil na configuração topo, importada do México, com novo motor 2.3 biturbo, transmissão automática de sete velocidades, a mesma robustez de sempre e muita tecnologia

Tuiuti (SP) – A terceira geração da Nissan Frontier (NP300 ou Navara em outros mercados) é a 12ª evolução das picapes da marca japonesa desde 1934, com mais de 14 milhões de unidades vendidas. No Brasil estréia a plataforma compartilhada com a Renault Alaskan e a futura Mercedes-Benz Classe X, todas produzidas na Argentina a partir de 2018. Neste momento a Nissan optou por lançar apenas a configuração topo de linha, LE 4×4, importada do México, por R$ 166.700. Mas não descarta a chegada de novas versões nos próximos meses. A geração anterior da Frontier (identificada pela sigla D40) produzida em São José dos Pinhais (PR) foi descontinuada no fim do ano passado.

Para o desenvolvimento do novo modelo foram realizados mais de um milhão de quilômetros de testes e validação em laboratórios e pistas da Nissan no Japão, Estados Unidos, Europa, Tailândia e México, além de cinco expedições nos Andes, na fronteira entre Argentina e Chile, Bolívia, Equador e Peru.

Praticamente tudo mudou na Frontier 2017, embora os atributos de robustez, design e espaço interno tenham permanecido, somando novos itens de conforto, tecnologia e segurança.

Acompanhando a tendência de redução de motores em busca de menor consumo e eficiência energética, a picape média substituiu o motor 2.5 por um 2.3 biturbo diesel de 190cv (cavalos) de potência e 45,9kfgm de torque, agora com uma eficiente transmissão automática de sete velocidades e opção de trocas manuais por toque na alavanca. A tração é 4×4 com opções integral e reduzida, acionada por botão a até 100km/h (antes era até 80 km/h).

Um novo botão no lado esquerdo painel permite a regeneração do filtro particulado de diesel (DPF), componente do sistema de escape que vem sempre depois do catalisador e serve para reter as partículas características de motores a diesel.

Entre as principais novidades estão botão de partida do motor, a central multimídia Nissan Multi-App com tela de 6,2 polegadas – software nacional já aplicado no March e Kicks –, assistentes de partida em rampa (HSA) e controle automático de descida (HDC) a até 25km/h, banco do motorista com cinco regulagens, luzes diurnas e sensor de estacionamento traseiro.

Airbags frontais, ar-condicionado de duas zonas e saída traseira, acendimento automático dos faróis, banco traseiro rebatível, câmera de ré traseira, controles de estabilidade e tração são itens de série.

Outra boa evolução está no chassi, segundo a Nissan, quatro vezes mais resistente que na geração anterior. Feita de uma peça de aço reforçado para aumentar a durabilidade, a estrutura da nova Frontier conta com oito barras transversais e outra barra sobreposta por dentro com soldas contínuas, chamada de Duplo C. Pesos da carroceria e do chassi foram reduzidos em 44kg e 94kg, respectivamente.

A carroceria é fabricada com aço de alta resistência e na traseira, pela primeira vez entre as picapes médias vendidas no Brasil, a suspensão é do tipo multilink com molas helicoidais e eixo rígido, o que se traduz num melhor balanço entre conforto e estabilidade.

Ângulos de saída e entrada passam a ser de 27,2º e 31,6º, respectivamente e o vão livre cresceu, passando a 292mm, permitindo melhor transposição de obstáculos.

A caçamba conta com tomada de 12V lacrada no lado esquerdo e quatro alças de apoio móveis em trilhos (Nissan C-Channel), para fixação de cargas que necessitem de amarração. O comprimento máximo da caçamba é de 1.519mm, enquanto a largura atinge 1.560mm e, a altura, é de 473mm.