#TBT Ford Bronco: o nascimento de um ícone off-road

#TBT Ford Bronco: o nascimento de um ícone off-road

Bronco_TBT copiaO segmento de SUVs vai ganhar em breve um modelo totalmente novo no Brasil, mas que já traz uma longa tradição na bagagem. É o Bronco, veículo que entre outras curiosidades foi o primeiro a ser chamado oficialmente de utilitário esportivo e se tornou um clássico cult nos Estados Unidos. Conheça neste #TBT (Throwback “Bronco” Thursday) e no vídeo um pouco dessa rica história.

Na década de 40, os jipes (ou veículos GP, “general purpose”) de uso militar ficaram famosos pela robustez e versatilidade. Depois, ganharam popularidade também para uso civil, mas deixavam a desejar nos aspectos de conforto, direção, ruídos e vibrações.

Donald Frey e Lee Iacocca, os mesmos criadores do Mustang, viram aí a oportunidade de lançar um veículo que combinasse essa robustez com um padrão maior de conforto. Assim nasceu o Bronco, que foi lançado nos Estados Unidos como modelo 1966, aproveitando a experiência adquirida pela marca na produção de veículos 4×4 para o exército.

Os primeiros esboços do Bronco, com o icônico formato quadrado, faróis redondos e duas portas, foram criados por Mckinley Thompson, o primeiro designer afro-americano a trabalhar na Ford. A linha oferecia três modelos: Wagon (fechado), Roadster (aberto, sem portas e capota) e Utilitário Esportivo (com caçamba estilo picape). Todos tinham tração 4×4, transmissão manual de três velocidades e motor de seis cilindros com 105 cv. Pouco depois, passou a oferecer também um motor V8 de 200 cv.

O Bronco virou imediatamente o carro preferido nas corridas off-road, vencendo várias provas. A mais famosa foi a Baja 1000, da qual se tornou em 1969 o primeiro veículo de série campeão geral – feito até hoje não igualado. O veículo permaneceu essencialmente o mesmo até 1973, quando ganhou direção hidráulica e transmissão automática como parte da “revolução do Bronco”.

Infográfico-Histórico_Bronco-PNG-High copiaEm 1978, o Bronco de segunda geração foi totalmente redesenhado para oferecer um off-road de raiz, mas com boa performance também na estrada. Baseado na plataforma da Série F, trazia mais espaço e conforto para os passageiros, ar-condicionado e rádio AM/FM como opcionais e dois motores V8, pela primeira vez sem uma opção V6. Com mais de 180.000 unidades vendidas nos primeiros dois anos, foi um grande sucesso.

Na terceira geração, de 1980 a 1986, o Bronco tornou-se menor, mais leve e eficiente no consumo de combustível, usando a plataforma da F-150 mais curta com motores V6 e V8. A mudança foi providencial, diante da segunda crise do petróleo e alta no preço dos combustíveis. Foi também a primeira a ter suspensão dianteira independente.

O Bronco II, irmão menor do Bronco, foi lançado em 1983 como modelo 1984. Em vez da Série F, ele se baseava na plataforma da Ranger e tinha quatro opções de motor V6. Em 1990, foi descontinuado para dar lugar ao Ford Explorer no segmento.

O Bronco de quarta geração, de 1987 a 1991, teve a frente redesenhada e ganhou recursos mais modernos, como injeção eletrônica, freios traseiros ABS e, a partir de 1988, duas transmissões manuais de cinco velocidades.

A geração final do Bronco, de 1992 a 1996, teve mudanças mínimas na carroceria e no estilo, mas foi aprimorada com vários recursos de segurança e funcionalidade. Foi a primeira a trazer airbags para o motorista, cinto de segurança de três pontos e, em 1994, ar-condicionado livre de clorofluorcarbonetos (CFCs).

O último Bronco saiu da linha de montagem em 12 de junho de 1996. O gosto dos consumidores americanos estava mudando e o robusto SUV de duas portas foi substituído na linha Ford pelo Expedition de quatro portas.

Durante 30 anos, o Bronco teve 1.148.926 unidades produzidas e se tornou um clássico cult celebrado no cinema e na música. Ficou conhecido como um veículo capaz de ir a qualquer lugar, que dá aos proprietários uma maneira de expressar sua personalidade e estilo. Em 2004, a Ford exibiu o Bronco Concept, uma visão da futura família global que chega agora para dar continuidade a essa herança.